Empresários de cargas colaboram com informações para um relatório do TCU sobre gargalos logísticos

O Transcares foi uma das instituições capixabas convidadas para colaborar na construção do diagnóstico dos gargalos logísticos encontrados no escoamento de cargas conteinerizadas importadas pelo Porto de Vitória, com enfoque no aperfeiçoamento dos processos de DTA (Despacho de Trânsito Aduaneiro) e DTC (Despacho de Trânsito de Contêiner). O encontro do superintendente Mario Natali, do Diretor Operacional de Carga Portuária Adilson Simões, e dos associados Edes Speridon e Cesmar Cardoso, da Transportadora DTA, com os auditores Almir Pinheiro e Núbia Passos Patrocínio foi realizado na manhã da quarta-feira, 5 de novembro, na sede do sindicato, em Jardim América.

Durante a conversa, os empresários de cargas falaram sobre os principais gargalos que preocupam o segmento.

“Nossa logística está cada vez mais deficitária. Temos gargalos em todas as cadeias, alguns, inclusive, impossíveis de serem eliminados. Quem investia nas atividades portuárias não o está fazendo mais. Estamos convivendo com essa dura realidade e o cenário nos preocupa”, destacou Simões, que citou a ineficiência portuária e da infraestrutura, e a elevação dos custos como os principais problemas do setor atualmente.

Após abordar o contexto geral em que se encontra o transporte de cargas e logística, Simões, Speridon e Cardoso entraram, de fato, na pauta que levou Almir e Núbia ao Transcares e deram sugestões que podem aperfeiçoar os processos de DTA e DTC nas operações portuárias. E no final da conversa, Simões levantou uma informação que pode ser aproveitada no documento que está sendo produzido pelo TCU.

“Temos inúmeros problemas para solucionar se quisermos aumentar a produtividade e promover o fortalecimento do segmento que representamos. E mesmo diante de uma realidade que não é boa, temos um ponto positivo: a privilegiada posição geográfica do Espírito Santo! Grandes embarcadores, inclusive, consideram o transporte de  cargas do Estado um dos mais eficientes do Brasil. Se somos vistos assim com tantos entraves, imagine o que não seríamos capazes de fazer com mais infraestrutura e sem gargalos?”, considerou.